IDEB de Aracaju, Gestão Democrática e tristes lembranças de Alagoas
Do leitor Anísio da Silva Santos, um leitor e observador dos índices do
Ideb: “Fiquei estarrecida com o IDEB de Aracaju”, brada a “nova” secretária de
educação de Aracaju, professora Márcia Valéria, se referindo ao Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica da Capital Sergipana no ano de 2011 que foi
de 3,6 no quinto ano e 3,1 no nono ano.
A palavra nova está entre aspas por que o caro leitor vai descobrir que ela não
é tão nova assim em ocupar cargo de secretária de Educação.
Inicialmente gostaria de
concordar que o IDEB de Aracaju realmente não é bom, mas ficou apenas 0,1 abaixo da meta a ser atingida em 2011. O
objetivo do MEC é chegarmos a média 6,0 em 2022, ano que o Brasil completa 200
anos de independência. Todos os dados estão disponíveis no www.inep.org.br.
Estarrecido mesmo, o caro leitor
vai ficar quando verificar os dados a seguir: A professora Márcia Valéria foi
secretária adjunta da Secretaria de Estado de Educação do então governador João
Alves Filho até 2006. Sabe qual foi o IDEB da Gestão dela? 3,0 para o quinto
ano, 2,9 para o nono ano, portanto,
muito mais baixo que o atual IDEB de Aracaju.
A professora Márcia Valéria também foi secretária adjunta, e em seguida
titular da pasta de educação no estado de Alagoas, e assessora do governo do nosso vizinho
estado até o ano passado. Sabiam disso? Sabe qual foi a revolução da educação
que ela fez lá? É só continuar a consultar o site do INEP (www.inep.org.br). O
Ideb de 2011 de Alagoas foi o seguinte:
quinto ano 3,4 e nono ano 2,5. E aí caro leitor, ficou estarrecido?
Em resumo, todos os dados de
Sergipe e Alagoas da política de educação implantada pela secretária Márcia
Valéria, são piores que os atuais dados de Aracaju. Por que então do espanto
com os dados da nossa capital?A resposta é simples. Era necessária uma desculpa
para se acabar com a gestão democrática em Aracaju. Embora não fique clara a
relação entre Gestão Democrática e bom desempenho no IDEB, pois Alagoas não tem
Gestão Democrática e possui os piores índices de educação no país, foi esta a
desculpa utilizada. E o pior, teve gente que engoliu, inclusive na mídia.
Torço que a educação de Aracaju
melhore de forma significativa, mas torço também que não seja utilizada a mesma
política de educação já experimentada em Sergipe até 2006 e em Alagoas até
2012, pois notadamente fracassaram. Que venha o “novo”.
Fonte: Blog de Cláudio Nunes – 15/02/2013: http://www.infonet.com.br/claudionunes/ler.asp?id=140536&titulo=claudionunes
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