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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Estado penal: greve é crime


Cristian Gois

Quando a Prefeitura de Aracaju ingressou no Tribunal de Justiça pedindo a ilegalidade da greve dos professores, antes que qualquer decisão, dez entre dez jornalistas que cobrem o assunto já tinham o texto da notícia pronto e preparado para o dia seguinte: Justiça decreta a ilegalidade da greve do magistério. Neste caso, não foi no dia seguinte, foram horas depois. Ou não é assim? Claro que isso é uma alegoria. Serve para anunciar que vivemos em plena era do Estado penal, onde greve de qualquer trabalhador é crime, uma ação ilegal, até mesmo antes de ocorrer. É anunciar greve e não demora a chegar à espada padrão do Estado com toda sua força punitiva.

Não é demais afirmar que esse Estado penal é a base de um sistema capitalista que guarda na alma a injustiça sem limite, o lucro desregrado, a violência naturalizada. Não é demais lembrar que o Estado penal funciona com eficiência e ferocidade contra uma classe social subalterna para proteger exatamente outra, a de acima. Por sua condição punitivo-pedagógica, esse Estado Penal mantém na invisibilidade uma classe perigosa para justamente salvaguardar a vida plena da uma outra, formada por homens de bens. O Estado penal funciona muito bem para os pobres, trabalhadores, excluídos. Pune, segrega, criminaliza, elimina.

Este ano, por exemplo, as únicas três greves oficializadas tiveram o mesmo óbvio fim: a ilegalidade. As paralisações dos professores de Aracaju, da rede estadual e a dos funcionários do Detran/SE foram interrompidas por força da espada da justiça. O Estado penal, que antes apenas se restringia em buscar os argumentos da órbita jurídica para enquadrar os trabalhadores que ousavam pedir dignidade em seus vencimentos, agora vai além e entra no mérito das reivindicações financeiras em defesa do mesmo Estado capital. Aos que ainda insistem a enfrentar esse Estado penal tem a espada afiada da multa para eliminar qualquer organização e, se for o caso, a espada da força policial.

A greve, instrumento legítimo dos trabalhadores numa sociedade de grupos de pressão para obrigar gestores insensíveis a negociar em favor da própria sociedade passou a ser crime. No caso do magistério, por exemplo, os alunos ficam anos jogados em escolas sem condições mínimas de funcionamento, sem professor, água, biblioteca, laboratórios, largados pelo Estado à própria sorte, mas quando os professores resolvem parar para exigir mais atenção, salário e condições de trabalho, logo os alunos, até então invisíveis aos olhos do Estado, surgem nos discursos oficiais e no aparato da mídia para assegurar a legitimidade do Estado penal. Assim ocorre com todos setores que trabalham com aqueles que estão à margem da sociedade. Na saúde, pessoas pobres morrem esquecidas a toda hora por falta do atendimento, remédios e equipamentos básicos, mas quando os médicos e enfermeiros ameaçam parar por justas remunerações e condições de trabalho logo os pacientes deixam essa condição e ganham espaço apenas nos discursos para justificar a ação penal do Estado.

O Estado penal, por sua condição punitivo-pedagógica, é autorizativo para a naturalização da violência. Por exemplo, quando quatro adolescentes foram executados no município de Itabaiana, nada mais natural, diziam alguns, porque tinham envolvimento em drogas e eram pobres. Fica por isso mesmo. Quando alguns jovens foram envenenados no município de Estância, dois morreram, nada mais natural, diziam outros, porque eles tinham passagem pela polícia e eram pobres. Crimes feitos para sumir e ficar entre eles, os pobres. Se aparecer algum preso para assumir, o Estado penal será implacável. Esse mesmo Estado que é brando, parceiro, protetor e promotor de bandidos do colarinho branco, que transformam os recursos do público em dinheiro particular, justamente impondo à miséria e exclusão de muitos.

domingo, 28 de agosto de 2011

Resistência dos professsores de Aracaju continuará contra o massacre do prefeito Edvaldo


Parabéns a todos os professores de Aracaju pela resistência ao massacre do prefeito Edvaldo Nogueira que sucatea as escolas municipais e destroi direitos dos educadores. Combater o bom combate! Abaixo os traidores da classe trabalhadora.

Mesmo com o movimento grevista suspenso diante da vergonhosa decisão judicial, os educadores têm uma ampla pauta de lutas contra a postura do Prefeito Edvaldo Nogueira de não pagar o piso salarial aos professores. Entre os pontos de lutas estão:
·         Manutenção do boicote ao desfile cívico de 11 de Setembro no bairro Siqueira Campos;
·         Realização de ato, repudiando o prefeito Edvaldo pelo não pagamento do piso salarial. O ato será dia 11 de Setembro, dia do desfile cívico, no bairro Siqueira Campos, a partir das 8h, com enterro dos carrascos da educação: prefeito Edvaldo Nogueira, secretário Antônio Bittencourt e a Justiça de Sergipe que desrespeitam os trabalhadores;
·         Realização do foguearão de Edvaldo Nogueira no dia 16 de Setembro em frente ao Tribunal de Justiça de Sergipe. O ato será para queimar Edvaldo e as decisões da justiça de Sergipe que devem ser lavadas e denunciadas para a sociedade;
·         Realização de atos públicos todos os meses a partir de Setembro: todo dia 16 com paralisação dos professores da Rede Municipal de Aracaju e toda última quinta-feira de cada mês. Nas quintas, os atos acontecerão pela manhã, um mês e pela tarde no outro mês;
·         O Sindipema questionará o prefeito Edvaldo e o desembargador Roberto Porto no STF– Supremo tribunal Federal por desrespeitar uma decisão da suprema corte do país. O prefeito Edvaldo por não cumprir a lei do piso e Roberto Porto por não respeitar a decisão da suprema corte;
·         O Sindipema fará campanha publicitária nos meios de comunicações apontando as mentiras de Edvaldo e os erros da decisão do desembargador Roberto Porto;
·         O Sindipema fará um concurso nas escolas da rede municipal de Aracaju com tema: “Prefeito Edvaldo Nogueira desrespeita os professores, desrespeita a educação e não paga piso salarial”. O concurso será de paródias, redações, cartazes e poesias. Os vencedores terão como prêmio o piso de R$ 1.187,00 que será amplamente divulgado nos meios de comunicações e nas escolas municipais.
Cada vez fica mais forte na sociedade a frase que cresce entre os professores: Prefeito Edvaldo Nogueira dá CALOTE nos professores, pague o piso salarial, 15,86% para todos!

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Plotagem de Carro: Prefeito Edvaldo onde está depositado o dinheiro dos professores?



Durante a greve, os professores ficaram indignados com a manifestação da Prefeitura divulgando que os salários do magistério chegavam a R$ 6.500,00.

Além de não existir esse valor na tabela salarial, a categoria avaliou que essa era uma tentativa de desviar o foco da luta pelo Piso Salarial e confundir a população quanto à legitimidade do movimento dos professores. Por isso definiram uma manifestação através da plotagem de carros perguntando ao Prefeito onde está depositado o dinheiro dos professores?

Para fazer a plotagem do seu carro, basta pegar uma autorização na sede Sindipema, situado Rua Carlos Correia, 430 - Bairro  Siqueira Campos em Aracaju.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

STF publica decisão que declara legal o piso nacional dos professores para todos


O STF - Supremo Tribunal Federal acabou de vez com qualquer dúvida quanto ao direito dos professores a piso salarial. Nesta quarta (24/08/2011) foi publicado o acórdão do julgamento ocorrido em 06 de abril que reconheceu a constitucionalidade da lei que criou o piso nacional do magistério. Alguns governos como o prefeito de Aracaju Edvaldo Nogueira estava descumprindo a lei do piso e ainda, mentindo para a população afirmando que está pagando piso salarial. Com a publicação do acórdão não resta mais dúvida, à legislação deve ser cumprida e o piso deve ser pago para todos respeitando o plano de carreira do magistério.
 
A Lei do Piso foi sancionada em 2008 pelo presidente Lula e determinou que nenhum professor da rede pública com formação de nível médio e carga horária de 40 horas semanais pode ganhar menos de R$ 950 por mês. Com a correção, o valor do piso este ano passou para R$ 1.187. Quando a lei foi aprovada, cinco governadores entraram no STF questionando a constitucionalidade do piso nacional.

Este mês, professores de 21 estados pararam as atividades para exigir o cumprimento da lei. Para a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), "a decisão do STF, tão aguardada por milhões de trabalhadores em educação, torna incontestável qualquer opinião que desafie a constitucionalidade e a aplicação imediata da lei".

O STF confirmou, no julgamento, que o piso nacional deve ser interpretado como vencimento básico, isto é, sem gratificações e outros adicionais. Levantamento realizado pela CNTE com os sindicatos filiados, mostrou que 17 estados não pagam aos professores o valor mínimo estabelecido em lei, realidade que vivem os professores do municipio de Aracaju.

Estados e municípios podem pedir ao Ministério da Educação verba complementar para garantir o piso nacional à todos os professores. Para conseguir o dinheiro, é preciso comprovar que aplica 25% da arrecadação em educação, como prevê a Constituição Federal, e que o pagamento do piso desequilibra as contas públicas. O MEC tem R$ 1 bilhão disponíveis para este fim.

Agora é a hora, prefeito Edvaldo Nogueira não poderá mas mentir para a população dizendo que paga piso ou esconde-se atrás de decisões judiciais questionáveis e tendenciosas. A hora é agora, piso para todos!

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Professores de Aracaju suspendem a greve, mas a luta continuará


Nessa quinta 18 de Agosto de 2011, os professores de Aracaju decidiram pela suspensão do movimento grevista diante da decisão equivocada do Desembargador Roberto Porto em considerar ilegal o movimento grevista. Os educadores aprovaram moção de repúdio ao Prefeito Edvaldo, ao Secretário Bittencourt e a Justiça de Sergipe por criminalizar o direito de greve dos trabalhadores.
Entretanto, mesmo com o movimento grevista suspenso os educadores aprovaram uma ampla pauta de lutas contra a postura do Prefeito Edvaldo Nogueira de não pagar o piso salarial aos professores. Entre os pontos de pauta estão:
·         Manutenção do boicote ao desfile cívico de 28 de Agosto no bairro Siqueira Campos;
·         Realização de ato, repudiando o prefeito Edvaldo pelo não pagamento do piso salarial. O ato será dia 28  de Agosto, dia do desfile cívico, no bairro Siqueira Campos, a partir das 8h, com enterro dos carrascos da educação: prefeito Edvaldo Nogueira, secretário Antônio Bittencourt e a Justiça de Sergipe que desrespeitam os trabalhadores;
·         Realização do foguearão de Edvaldo Nogueira no dia 16 de Setembro em frente ao Tribunal de Justiça de Sergipe. O ato será para queimar Edvaldo e as decisões da justiça de Sergipe que devem ser lavadas e denunciadas para a sociedade;
·         Realização de atos públicos todos os meses a partir de Setembro: todo dia 16 com paralisação dos professores da Rede Municipal de Aracaju e toda última quinta-feira de cada mês. Nas quintas, os atos acontecerão pela manhã, um mês e pela tarde no outro mês;
·         O Sindipema questionará o prefeito Edvaldo e o desembargador Roberto Porto no STF– Supremo tribunal Federal por desrespeitar uma decisão da suprema corte do país. O prefeito Edvaldo por não cumprir a lei do piso e Roberto Porto por não respeitar a decisão da suprema corte;
·         O Sindipema fará campanha publicitária nos meios de comunicações apontando as mentiras de Edvaldo e os erros da decisão do desembargador Roberto Porto;
·         O Sindipema fará um concurso nas escolas da rede municipal de Aracaju com tema: “Prefeito Edvaldo Nogueira desrespeita os professores, desrespeita a educação e não paga piso salarial”. O concurso será de paródias, redações, cartazes e poesias. Os vencedores terão como prêmio o piso de R$ 1.187,00 que será amplamente divulgado nos meios de comunicações e nas escolas municipais.
Cada vez fica mais forte na sociedade a frase que cresce entre os professores: Prefeito Edvaldo Nogueira dá CALOTE nos professores, pague o piso salarial, 15,86% para todos!


terça-feira, 16 de agosto de 2011

A luta continuará mesmo a greve dos professores de Aracaju sendo decretada ilegal

A decretação da ilegalidade da greve dos professores do município de Aracaju pelo desembargador Roberto Porto mostra, mais uma vez o perfil do judiciário Sergipano. O Tribunal de Justiça de Sergipe nega um direito importante dos trabalhadores: o direito de greve. Mesmo cumprindo os prazos e com completa ausência de negociação, o tribunal trata a greve com crime.
Entretanto, o prefeito Edvaldo não ficará livre dos professores. Mesmo com a decretação da greve com multa diária de R$ 10.000,00 para o sindicato, a luta continuará firme. Nessa quinta, os professores terão assembléia para deliberar os encaminhamentos de lutas para os próximos dias. Teremos atos muito mais enérgicos do que os já realizados.
Se o prefeito Edvaldo Nogueira, que envergonha a história do comunismo no Brasil, acha que vai ficar em paz com a declaração de ilegalidade de greve, está muito enganados. Teremos lutas muito mais duras.
A guerra começará agora!

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Edvaldo Nogueira é a vergonha do comunismo de Sergipe

O prefeito Edvaldo Nogueira é a vergonha do comunismo de Sergipe. Um prefeito que dá um péssimo exemplo de como deve ser tratado o trabalhador. Nega-se o direito e depois vai à justiça pra pedir ilegalidade da greve. Uma vergonha de Prefeito que há alguns anos só enxerga construtoras em sua frente.
O Bittencourt assumiu a Secretaria de Educação de Aracaju há pouco tempo e já aprendeu como faz tudo ao contrário do que defendia quando também era comunista, antes de entrar na UNIT, Ele é o presidente da UNDIME Sergipe e dá um exemplo vergonhoso de descumprimento da legislação. A maioria dos secretários de educação municipais já pagam piso conforme a lei, mas ele não, que vergonha Bittencourt. O Secretário Bittencourt será forte aliado de Uchoa na UNIT para ajudar a cobrar o estacionamento dos estudantes e na cara cínica descumprir a legislação de novo. Com certeza terá coragem para dizer que cumpre a lei.
Mas os professores não podem esquecer também dos vereadores, foram eles o ano passado que votaram para acabar a carreira do magistério de Aracaju, e até agora não tiveram uma ação firme contra. Seria importante que os professores de Aracaju, antes de sair a ilegalidade da greve, fossem de forma organizada a câmara de vereadores cobrar deles que corrijam o erro, e cobrem de Edvaldo o pagamento de piso para todos.
Os vereadores de Aracaju, aliados de Edvaldo, precisam sentir a força dos professores.

domingo, 14 de agosto de 2011

Professores reafirmam a continuidade da luta pelo Piso

Os professores receberam com indignação as investidas do Prefeito Edvaldo Nogueira, na mídia, tentando colocar a opinião pública contra o movimento dos professores. A nota do governo municipal tenta mascarar a realidade salarial do magistério municipal e isentar a responsabilidade do prefeito na continuidade da greve que já está no seu 60º dia.
Os professores não admitem mais o processo de desvalorização a que estão sendo submetidos nos últimos anos. A Prefeitura não pode esconder as perdas salariais provocadas pelas mudanças no Plano de Carreira, feita em 2009, à revelia da categoria, e as perdas acumuladas nos três últimos anos em que o Prefeito vem descumprindo a Lei do Piso Salarial.
Os professores lutam por dignidade de trabalho em sala de aula e por uma Lei Federal que deve ser cumprida por todos os gestores compromissados com a Educação Pública. O prefeito além de descumprir sua aplicação, não admite discutir o pagamento do Piso e só apresenta proposta para nova reformulação na Carreira que passaria a vigorar em 2012. 
Diante da ausência de uma proposta de aplicação do reajuste do Piso na Carreira, os professores em assembleia realizada na tarde desta quinta, 11 de agosto, decidiram continuar a greve e contestar as declarações do prefeito Edvaldo Nogueira sobre as condições salariais da categoria.
A categoria aprovou a continuidade das mobilizações com o objetivo de cobrar do Prefeito o cumprimento da Lei do Piso. E paralelamente esclarecer a população sobre as razões que motivaram a continuidade da paralisação e restabelecer a verdade acerca da situação salarial dos profissionais do magistério.
AGENDA DE MOBILIZAÇÃO
Neste final de semana, a partir das 7 horas, os professores estarão realizando panfletagem nas feiras livres:
§  Na sexta-feira, dia 12/8, feira do Conjunto Agamenon Magalhães;
§  No sábado, dia 13/8, feira do bairro Santo Antônio;
§  No domingo, dia 14/8, feira do Conjunto Bugio.
Na segunda-feira, 15/08 uma equipe de mobilização estará percorrendo as escolas municipais objetivando garantir a unidade do movimento.
Na terça-feira, 16/8, às 09 horas, os professores estarão realizando Ato Público no Calçadão da Rua João Pessoa em frente à Caixa Econômica. Este ato integra também a mobilização convocada pela CNTE- Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, dentro da Jornada Nacional pelo Piso, Carreira e PNE que tem como objetivo cobrar a implementação do Piso nos estados e municípios. O ato simbolicamente marcará os três anos que o Prefeito não paga o Piso Salarial de forma integral na carreira do magistério.
Na quarta-feira, 17/8, às 14 horas, no Calçadão da Rua João Pessoa em frente à Caixa Econômica, os professores realizarão novo Ato esclarecendo a população sobre a realidade das escolas municipais e sobre a verdadeira situação salarial do magistério.
Na próxima quinta-feira, 18/8, às 09 horas, na sede do SINDIPEMA, os professores voltam a se reunir em assembleia para decidir os rumos do movimento.

Professores recebem apoio da população em feiras de Aracaju

Os professores da rede municipal de Aracaju foram muito bem recepcionados pela população nas feiras do Agamenon, Santo Antonio e Bugio. A panfletagem corpo-a-corpo realizada pelos educadores foi aplaudida pela população reconhecendo a bonita resistência. Em greve há 61 dias, aos professores resta o apoio da população e a compreensão de que somente nas ruas, dialogando com o povo, que poderemos quebrar o duro coração do Prefeito Edvaldo para realizar o imediato pagamento do piso salarial para todos.

Depoimentos emocionantes foram recorrentes dos pais e mães de alunos que percebem que seus filhos estão ficando sem aula, mas que a culpa é do prefeito que não quer cumprir a lei. Apesar das tentativas do prefeito de enganar a população afirmando que está pagando o piso salarial, com propagandas milionárias, são os educadores que estão sendo bem recepcionados pelo povo aracajuano.

Motivos da Greve
A greve dos professores é motivada pela ação do prefeito Edvaldo em destruir direitos existentes no Plano de Carreira: redução de percentual e diferenciação entre professores em relação à progressão por tempo de serviço e redução do percentual da progressão vertical por formação.  Além de conceder revisão do piso diferenciado em 2011 para os professores de formação em nível médio de 15,86% e aos professores de nível superior, pós-graduados, mestrados e doutorados revisão de apenas 6% desrespeitando a legislação brasileira que estabelece que não pode haver tratamento diferenciado entre trabalhadores da mesma categoria: constituição federal, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e Lei do Piso Salarial.


quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Resultado da Assembléia dos Professores de Aracaju em Greve realizada hoje 11/08

A assembleia foi encerrada a pouco e nós resolvemos manter a greve e mandar um recado a Edvaldo que não tememos a propaganda tentando colocar-nos contra a população. Decidimos fazer campanha publicitária, além de atos:
·         Segunda: ida às escolas que insitem em furar a greve;
·         Terça - ato no calçadão da João Pessoa, com um bolo fazendo alusão aos três anos sem piso, incluindo baners com as principais denuncias sobre a realidade da educação em Aracaju;
·         Quarta novo ato com panfletagem no calçadão, mostrando o resultado da enquete que fizemos sobre o que a população acha da atuação do prefeito carrasco dos professores na educação. O resultado foi excelente para os professores.
·         A partir de amanhã 12/08 até domingo panfletagem nas feiras do Agamenon, Santo Antônio e Bugio, respectivamente. Vamos à luta

Entenda como o prefeito Edvaldo Nogueira está destruindo o Plano de Carreira dos Professores

A luta pelo Piso Salarial Nacional dos professores vem desde Brasil Império como instrumento para corrigir as desigualdades salariais, entre os professores, existentes no país. A idéia de Piso remonta a necessidade de garantir condições salariais digna aos atuais professores para o exercício qualificado da profissão de educador.

No discurso tudo está perfeito, mas na prática o que passa os professores com a Prefeitura de Aracaju que vem negando o pagamento do Piso é lamentável. O prefeito Edvaldo Nogueira inventou uma forma de driblar a lei do Piso Salarial e não pagar o piso para todos. Essa atitude do prefeito visa continuar a política de desvalorização salarial para os professores do município de Aracaju.

O prefeito de Aracaju Edvaldo Nogueira introduziu uma nova interpretação para dizer que paga piso. Edvaldo construir uma idéia que os professores que tem direito a piso salarial são apenas aqueles com formação em Nível Médio. Já os outros educadores com formação em nível superior, especialização, mestrado e doutorado não tem direito algum de receber piso. O problema dessa suposta revisão do piso é que, em breve, os professores, independente da formação, terão os mesmos salários.

Com essa proposta, o Plano de Carreira dos professores é destruído, já que é destruído naquilo que é central: valorização pela formação. Como nosso principal instrumento de trabalho é o conhecimento, somos valorizados na lei pela formação intelectual. Essa postura do Prefeito de Aracaju destrói o Plano de Carreira dos professores.

Essa política de achatamento do Plano de Carreira é extremamente nociva para o futuro da categoria. Mantendo essa política de Edvaldo em conceder revisão diferenciada para os professores resultará, no futuro, no fim da carreira.

A carreira dos professores está estruturada em duas vertentes que estão sendo destruídas por Edvaldo: a valorização pelo tempo de serviço e a valorização pela formação.

1.       A valorização pelo tempo de serviço foi destruída em 2009 quando o prefeito Edvaldo acabou com a paridade nos percentuais de uma letra para outra. Hoje os professores em início de carreira têm uma diferença de letra de 4,5% e chega no final da carreira com uma diferença de letra de 3%. Portanto, quanto mais tempo o professor trabalhar mais prejudicado ele será pela prefeitura. Antes dessa ação diabólica de Edvaldo a diferença de letra era de 6% para todos os professores independente do tempo de serviço na rede municipal de Aracaju.
2.       A valorização pela formação está sendo destruída aos poucos, a cada ano, por Edvaldo. Na medida que ele concede reajuste diferenciados para os professores de nível médio e os demais professores de nível superior, pós-graduados, mestrados e doutorados têm revisão menor acaba com os percentuais existentes no Plano de Carreira de diferença entre um nível e outro que deveriam valorizar mais aqueles professores que têm maior formação acadêmica.

Ai está o pacote de maldades do prefeito Edvaldo Nogueira contra os professores e a educação pública municipal. Os maiores prejudicados são os professores que estão tendo seus direitos destruídos.










Via Cruz dos professores de Aracaju





Professores realizaram ato nessa quarta dia 10/08 no centro de Aracaju.